O amendoim está no pico de colheita no Centro-Oeste Paulista. Entretanto, o excesso de chuvas nessa fase final de safra vem sendo um desafio para os agricultores.
Na fazenda de Éder Bonfante, em Herculândia (SP), as máquinas estão trabalhando firme para revirar a terra e deixar o amendoim à mostra para secar.
Bonfante conta que o período chuvoso prejudicou o desenvolvimento da lavoura. Além disso, foi preciso lidar com o aparecimento de doenças. Apesar dos problemas, ele espera colher 5 mil toneladas de amendoim.
O preço não é o que os produtores esperavam. A saca que chegou a R$ 70 em anos anteriores, agora gira na casa dos R$ 30.
Para o agricultor, essa redução é reflexo da alta oferta do produto no mercado interno e externo. Éder espera que o excesso de grãos seja absorvido pelo mercado para que os preços voltem a subir.
Com mais de 200 produtores, a região de Tupã responde por 40% da área plantada do país. A expectativa é colher 270 mil toneladas de amendoim, o mesmo volume da safra anterior.
O agricultor Edson Orival Schiavon diminuiu a área plantada de 100 para 90 hectares, mas e expectativa é alcançar a mesma produção do ano passado e colher em torno de 500 toneladas.
Para garantir a boa produtividade, Edson contou com a ajuda do clima durante o plantio. Ele já colheu cerca de 30% do que cultivou e espera que o tempo ajude para que a safra seja concluída.
A chuva também interfere no processo de beneficiamento do amendoim. Na indústria, o tempo nas secadoras pode ser de até dois dias para que a umidade dos grãos seja reduzida.